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Bem-Vindos
Costumo dizer que o amor é para todos, afinal, existem muitas maneiras de amar. Você ama seus pais, seus amigos, suas paixões... São exatamente esses sentimentos que desejamos cultivar aqui, onde você encontrará coisas melosas, engraçadas e tudo mais que possa lhe distrair, tirar teus pés do chão e mostrar que a vida tem inúmeras coisas além dos teus problemas. Divirta-se!
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Gabriele Ribeiro - © Copyright 2013. Tecnologia do Blogger.
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D.R - Hora da verdade.
Enfim chegou a hora, não dava mais pra ficar agindo com o Marcos como se nada tivesse acontecido, algo mudou dentro de mim, passei por um momento que vai ficar marcado a minha vida toda e não posso continuar agindo normalmente, por mais que eu não me exponha, não devo deixar ele continuar apostando todas as suas fichas.
Coloquei um short jeans com uma blusa preta folgada, amarrei o cabelo, passei um batom rosa e calcei uma sapatilha, pronto!
Tentei não pensar no Enzo, por mais que seja triste, devo me preocupar com quem se importa comigo e esse não é o caso dele.
Quando cheguei no shopping Marcos já estava a minha espera, não vou negar que deu vontade de assistir o filme, falar da viagem e fugir, mas não dava, o meu conforto significaria uma futura decepção pra ele.
- Oi - Ele sorriu, nem imaginando o que vinha por aí.
- Oi, demorei? - Sorri um pouco desajeitada.
- Não, só um pouquinho, o tempo certo pra me dar fome! - Rimos juntos.
- Então vamos comer, aproveitamos e conversamos.
Era incrível que mesmo estando desconfortável, eu não ficava nervosa, não do lado dele. Por mais que eu soubesse que a conversa seria complicada e que eu corria sérios riscos de perdê-lo, do seu lado não dava pânico, nem nesta situação.
Pedi um sanduíche com milk-shake e ele hambúrguer com refrigerante. Assim que fizemos os pedidos, como um sapato apertado que a gente fica louco pra tirar, eu desejava desabafar logo.
- A conversa que eu quero ter, diz respeito a duas coisas bem complicadas pra mim... - Eu disparei, e me vi tão frágil abrindo as verdades e com elas minhas incertezas, que me voz parecia nem querer sair.
- Fiquei preocupado, mas pode falar, prometo tentar entender, seja o que for. - Ele realmente não esperava o que estava por vir.
- Vou falar logo, são duas coisas, a primeira é que eu vou para um congresso de dança em outro estado passar alguns meses e isso já está decidido. A segunda é que eu acho melhor nós pararmos de ficar, não por conta da viagem apenas, mesmo sem ela eu iriamos ter essa conversa, é melhor porque eu não estou me sentindo pronta, aberta, para gostar de você como você merece e acho injusto, você sendo maravilhoso comigo e eu lhe dando apenas pouco de mim. Acho, na verdade, que ninguém merece isso. - Ele me olhava parecendo prestar bastante atenção em cada coisa que eu dizia e eu ficava cada vez mais agoniada por não perceber nenhuma expressão sua.
- Acabou?
- Sim. - Eu já não conseguia falar mais nada.
- Acho que você não deu uma chance de verdade, não sei por qual motivo, mas eu entendo, se mudar de ideia eu vou tá sempre aqui. Sobre a viagem, acho que você poderia ter dito antes... Me pegar de surpresa assim, já com tudo decidido... Eu sei que não temos nada sério, mas pow... Eu gosto de você e você sabe disso, poderia já ter comentando antes, ter tido mais consideração.
- Eu sei que não foi certo, estou super triste, mas essa decisão foi algo que pensei praticamente sozinha, é como se eu finalmente quisesse tomar minhas próprias decisões, pensando em cada consequência, em tudo o que irei assumir e nessa confusão mental acabei sendo egoísta, desculpa...
- Tudo bem, relaxe. - "Relaxe" era bem típico do Marcos numa momento desses.
- Mas quero lhe perguntar só uma coisa.
- O quê?
- Você não gosta de mim porque não está aberta para isso ou você já gosta de alguém? - Agora sim eu não sabia o que dizer, como não mentir sem magoá-lo?
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